LAQUEADURA
Laqueadura ou ligadura das tubas
uterinas também conhecidas como esterilização é um método cirúrgico considerado
permanente ou irreversível, que consiste em seccionar, ligar ou ocluir as tubas
uterinas para impedir que o óvulo atinja o útero. Com as tubas bloqueadas os
óvulos não podem se encontrar com o espermatozoide do homem. (HATCHER,2000).
LOCAL ONDE É FEITO A LIGADURA
Figura 1: Ligadura das tubas
uterinas
Fonte: http://www.gineco.com.br/metodos-contraceptivos/ligadura-trompas/como-feita-ligadura-trompas-laqueadura-tubaria acesso 12/11/12 as
17:30.
Pode ser realizada por diferentes
técnicas cirúrgicas, a anestesia pode variar de geral a local, e a mulher pode
necessitar de internação de horas ou dias. É um procedimento realizado pelo SUS
(Sistema Único de Saúde), entretanto deve seguir a lei do planejamento familiar
(Lei nº 9.263, de 13 de novembro de 1996, Artigo 10, Parágrafos I e II), que
diz que a laqueadura só poderá ser realizada em mulheres com mais de 25 anos de
idade que tenham dois filhos vivos e que manifestem a vontade de realizar o ato
cirúrgico em 60 dias entre o ato a manifestação da vontade e o ato cirúrgico,
período este que deverá participar de palestras sobre o método escolhido para
que não haja decisão precipitada ou erronia, pois é considerado um método
definitivo de esterilização da mulher. De acordo com a portaria 48/99 do
ministério da saúde, parágrafo único: “É vedada a esterilização cirúrgica em
mulher durante o período de parto, aborto ou até 42 dias após o parto, exceto
nos casos de comprovada necessidade. Neste caso a indicação deverá ser
testemunhada em relatório escrito e assinado por dois médicos”. (BRASIL,2008).
TIPOS CIRÚRGICOS PARA
LIGADURA DA TUBA UTERINA
Figura 2: Tipos cirúrgicos para
ligadura de Tuba Uterína.
Fonte: http://www.patientedlibrary.com/generateexhibit.php?ID=27671 acesso 12/12/12 as 18:00.
CURIOSIDADES
A ligadura é uma das técnicas
mais eficazes de esterilização feminina. No primeiro ano após o procedimento, a
taxa de gravidez é de 0,05 para 100 mulheres (1 em cada 200 mulheres.) Dez anos
após o procedimento, 0,75 para 100 mulheres (1 em cada 133 mulheres). (HATCHER
, 2000).
A
ESTERILIZAÇÃO FEMININA É REVERSÍVEL?
A cirurgia para reverter à
esterilização é possível apenas em algumas mulheres, quando ainda resta um
segmento de tuba uterina. Mesmo entre estas mulheres, a cirurgia para reverter
à ligadura nem sempre é bem sucedida. O procedimento é trabalhoso, caro e o
risco de gravidez ectópica tubária é alto, aumenta de 1 para cada 100 gestações
para 5 a cada 100 gestações.(SANTOS , 2011).
A esterilização deve ser
considerada permanente. As mulheres que querem mais filhos devem escolher outro
método de planejamento familiar. (HATCHER, 2000).
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
HATCHER, R. A.; BLACKBURN, R.;
GELLER, J. S.; SHELTON, J. D. Pontos
essenciais da tecnologia de anticoncepção: um manual para pessoal clínico.
Baltimore: Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, 2000 (Programa de Informação
de População).
SANTOS, Luiz Carlos; DE MENDONÇA, Vilma Guimarães; SCHETTINI,
Juliana Araújo de Carvalho; FERREIRA, Ana Laura Carneiro Gomes; LEITE, Sonia
Regina Ribeiro de Figueiredo; DE MENEZES. Telma Cursino. Ginecologia
Ambulatorial baseada em evidências, p. 624 á 62, 2011.
BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Ações programáticas Estratégicas. Direitos Sexuais, direitos
reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
52p.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/legislacao/mulher_outros_direitos.
php acesso 11/11/2012
http://www.gineco.com.br/metodos-contraceptivos/ligadura-trompas/como-feita-ligadura-trompas-laqueadura-tubaria acesso
12/11/2012 as 17:30.
http://www.patientedlibrary.com/generateexhibit.php?ID=27671 acesso 12/12/2012 as 18:00.