Célula Vegetal


célula vegetal é semelhante à célula animal mas contém algumas peculiaridades como a parede celular e os cloroplastos. Está dividida em: Componentes protoplasmáticos que são um composto de organelas celulares e outras estruturas que sejam ativas no metabolismo celular. Inclui o núcleo, retículo endoplasmático, citoplasma, ribossomos, complexo de Golgi, mitocôndrias, lisossomos e plastos e componentes não protoplasmáticos são os resíduos do metabolismo celular ou substâncias de armazenamento. Inclui vacúolos, parede celular e substâncias ergástricas.



Vacúolo
É uma cavidade delimitada por uma membrana (tonoplasto) e contém o suco celular que é composto desubstâncias ergástricas e algumas em células podem conter pigmentos como as flavonas e antocianinas. Células jovens geralmente têm vários vacúolos pequenos que ao longo de seu desenvolvimento se fundem em um mega vacúolo. Eles atuam na regulação osmótica expulsando água da célula ou podem se fundir aos lisossomos e participar do processo de digestão intracelular. Origina-se do complexo de golgi.
Substâncias ergástricas
São substâncias de reserva ou resíduos, produtos, do metabolismo celular.
  • Amido: são partículas sólidas com formas variadas, pode ser encontrado no cloroplasto ou no leucoplasto. Formam grãos com muitas camadas centradas em um ponto chamado hilo.
  • Proteína: as proteínas ergástricas são material de reserva e se apresentam no endosperma de muitas sementes em forma de grãos de aleurona.
  • Lipídios: pode ocorrer em forma de óleo ou gordura se for para armazenamento ou em forma de terpenos que são produtos finais como óleos essenciais e resinas.
  • Taninos: um grupo de compostos fenólicos que podem ficar em vários órgãos vegetais (se acumulam no vacúolos) e podem impregnar a parede celular
Plasto
É originado do protoplastídeo e tem configurações diferentes, com várias especialidades: Cloroplastos,são plastos de clorofila, responsável pela fotossíntese. Só são encontrados em células expostas à luz. É formado por uma membrana externa e uma interna que sofre invaginações formando sacos empilhados, os tilacóides. Alguns se dispõem uns sobre os outros formando uma pilha chamadagranum (plural = grana). A matriz interna é chamada de estroma e pode conter granululos de amido espalhados por ele. São derivados dos cromoplastos. Cloroplastos possuem seu próprio DNA e ribossomos, são relativamente independentes do resto da célula (principalmente do núcleo).Cromoplastos São plastos coloridos (contém pigmentos) de estrutura irregular que dão origem aos cloroplastos. Seus principais pigmentos são os carotenóides (coloração da cenoura) e xantofilas que dão coloração para flores e frutos. Leucoplastos São incolores e servem para acumular substâncias diversas como proteínas, amidos e lipídios. Dependendo da substância que acumulam, recebem nomes diferentes: oleoplastos, proteoplastos, amiloplastos, etc.






BioAjuda
Referências Bibliográficas:


A célula vegetal. Só Biologia. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/Celulavegetal.php>. Acesso em: 11 agosto 2011. 
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Célula animal

Célula animal
A palavra célula foi usada pela 1° vez em 1665, pelo inglês Robert Hooke(1635-1703). Com um microscópio muito simples ele observou pedaços de cortiça, e ele percebeu que ela era formada por compartimentos vazios que ele chamou de células.
Célula animal é uma célula que se pode encontrar nos animais e que se distingue da célula vegetal pela ausência de parede celular e de plastos.Possui flagelo, o que não é comum nas células vegetais.
  • Célula Animal (sem cloroplastos e sem parede celular; vários pequenos vacúolos)

Metabolismo -Orgânulos:
  1. Nucléolo: armazena carga genética
  2. Núcleo celular: cromossomos do DNA
  3. Ribossomos: faz a síntese de Proteínas
  4. Vesículas
  5. Ergastoplasma ou Retículo endoplasmático rugoso (RER): transporte de proteínas ( há ribossomos grudados nele )
  6. Complexo de Golgi armazena e libera as proteínas
  7. Microtúbulos
  8. Retículo Endoplasmático Liso: transporte de proteínas
  9. Mitocôndrias Respiração
  10. Vacúolo: existem em celula animal,porém são muito maiores na celula vegetal,serve como reserva energética
  11. Citoplasma
  12. Lisossomas: digestão
  13. Centríolos: divisão celular

BioAjuda
Referências Bibliográficas:

Célula Animal. Só Biologia. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/Celulaanimal.php>. Acesso em: 27 Abril 2012. 
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Características Gerais dos Seres Vivos

Características Gerais dos Seres Vivos
 Células Procariontes, Células incompletas e  Células Eucariontes.

Para ser considerado um ser vivo, esse tem que apresentar certas características:
  • Ser constituído de célula;
  • buscar energia para sobreviver;
  • responder a estímulos do meio;
  • se reproduzir;
  • evoluir.
De acordo com o número de células podem ser divididas em:
  • Unicelulares - Bactérias, cianofitas, protozoários, algas unicelulares e leveduras.
  • Pluricelulares - os demais seres vivos.
De acordo com a organização estrutural, as células são divididas em:
  • Células Procariontes
  • Células Eucariontes

Células Procariontes
As células procariontes ou procarióticas, também chamadas de protocélulas, são muito diferentes das eucariontes. A sua principal característica é a ausência de carioteca individualizando o núcleo celular, pela ausência de alguns organelas e pelo pequeno tamanho que se acredita que se deve ao fato de não possuírem compartimentos membranosos originados por evaginação ou invaginação. Também possuem DNA na forma de um anel não-associado a proteínas (como acontece nas células eucarióticas, nas quais o DNA se dispõe em filamentos espiralados e associados à histonas).
Estas células são desprovidas de mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi, retículo endoplasmático e sobretudo cariomembrana o que faz com que o DNA fique disperso no citoplasma.
A este grupo pertencem seres unicelulares ou coloniais:
  • Bactérias
  • Cianofitas (algas cianofíceas, algas azuis ou ainda Cyanobacteria)
  • PPLO ("pleuro-pneumonia like organisms") ou Micoplasmas

 

Células incompletas

As bactérias dos grupos das rickettsias e das clamídias são muito pequenas, sendo denominadas células incompletas por não apresentarem capacidade de auto-duplicação independente da colaboração de outras células, isto é, só proliferarem no interior de outras células completas, sendo, portanto, parasitas intracelulares obrigatórios.
Diferente dos vírus por apresentarem:
  • conjuntamente DNA e RNA;
  • parte da máquina de síntese celular necessária para reproduzirem-se;
  • uma membrana semipermeável, através da qual realizam as trocas com o meio envolvente.
Obs.: já foram encontrados vírus com DNA, adenovirus, e RNA, retrovírus, no entanto são raros, os vírus que possuem DNA e RNA simultaneamente.

 

Células Eucariontes

As células eucariontes ou eucarióticas, também chamadas de eucélulas, são mais complexas que as procariontes. Possuem membrana nuclear individualizada e vários tipos de organelas. A maioria dos animais e plantas a que estamos habituados são dotados deste tipo de células.
É altamente provável que estas células tenham surgido por um processo de aperfeiçoamento contínuo das células procariontes.
Não é possível avaliar com precisão quanto tempo a célula "primitiva" levou para sofrer aperfeiçoamentos na sua estrutura até originar o modelo que hoje se repete na imensa maioria das células, mas é provável que tenha demorado muitos milhões de anos. Acredita-se que a célula "primitiva" tivesse sido bem pequena e para que sua fisiologia estivesse melhor adequada à relaçãotamanho × funcionamento era necessário que crescesse.
Acredita-se que a membrana da célula "primitiva" tenha emitido internamente prolongamentos ou invaginações da sua superfície, os quais se multiplicaram, adquiriram complexidade crescente, conglomeraram-se ao redor do bloco inicial até o ponto de formarem a intrincada malha do retículo endoplasmático. Dali ela teria sofrido outros processos de dobramentos e originou outras estruturas intracelulares como o complexo de Golgi, vacúolos, lisossomos e outras.

Quanto aos cloroplastos (e outros plastídeos) e mitocôndrias, atualmente há uma corrente de cientistas que acreditam que a melhor teoria que explica a existência destes orgânulos é a Teoria da Endossimbiose, segundo a qual um ser com uma célula maior possuía dentro de sí uma célula menor mas com melhores características, fornecendo um refúgio à menor e esta a capacidade de fotossintetizar ou de sintetizar proteínas com interesse para a outra.

Os niveis de organização das Células Eucariotas
Nesse grupo encontram-se:
  • Células Vegetais (com cloroplastos e com parede celular; normalmente, apenas, um grande vacúolo central)
  • Células Animais (sem cloroplastos e sem parede celular; vários pequenos vacúolos)






BioAjuda
Referências Bibliográficas:

Características Gerais dos Seres VivosSó Biologia. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biocelulas.php>. Acesso em: 02 agosto 2011. 

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Mitose

           A capacidade de crescer e se reproduzir é atributo fundamental de todas as células. No caso das células eucariontes, o processo básico de gênese de novas células obedece a um padrão cíclico que começa com o crescimento celular, determinado por um aumento quantitativo coordenado dos milhares de tipos diferentes de moléculas que a célula possui, inclusive de seu material genético, e culmina com a partição de seu núcleo e citoplasma em duas células-filhas. As células originadas repetem o ciclo, e o número de células aumenta exponencialmente, esse processo é denominado  ciclo celular e serve tanto para manter a vida, em organismos pluricelulares, como para gerar vida, no caso dos organismos eucariontes unicelulares.

 Nos eucariontes existem dois tipos de divisão celular:

               Meiose, uma célula dá origem a outras quatro, cada uma com a metade do número de cromossomos de célula inicial. É o processo pelo qual geralmente se formam os gametas, células relacionadas com a reprodução sexuada.

Vídeo Aula
O professor Dorival Filho explica:
       
     Mitose

        É o processo de divisão celular pelo qual uma célula eucarionte origina, em seqüência  ordenada de etapas, duas células-filhas cromossomicamente e geneticamente idênticas.    
       É o tipo de divisão realizado quando há reprodução assexuada; é importante no crescimento do organismo e na regeneração de tecidos dos multicelulares.

Intérfase  É a fase que não á divisão celular, o riticulo e as mitocôndrias desenvolvem-se e o citoplasma retoma a sua atividade normal, tal período caracteriza-se por intensa atividade metabólica, resultante da descondensação cromossômica. 
A intérfase é dividida em três períodos (G1, S e G2). O período durante o qual ocorre a duplicação do DNA é chamado de S; G1 (do inglês gap intervalo) é o período que antecede a síntese de DNA, enquanto G2 é o período que sucede a síntese de DNA e antecede a mitose.



O ciclo mitótico

G1 - Fase de recuperação celular, absorção de nutrientes, síntese de proteínas, lipídeos e carboidratos. Nessa fase nota-se o aumento da célula.


R - Ponto de Restrição (ponto de checagem),  A célula analisa se deve ou não seguir em frente no ciclo celular através de fatores intracelulares (ex. Checa se o DNA está danificado?, o tamanho da célula está adequado?) e extracelulares. (ex. O corpo precisa da divisão da célula? Há substancias sinalizadoras que indicam a necessidade da divisão celular?). Se tudo estiver certo a célula prosseguirá no ciclo, caso contrario entrará em G0.

G0 - Momento de não divisão, a célula não se preocupa mais com a divisão celular e continua desempenhando normalmente suas funções.  O G0 não é irreversível, se a célula for estimulada ela poderá voltar ao G1 podendo prosseguir para fase S ou não voltando assim para o G0 até que ocorra a correção no que deu errado na recuperação celular.

S - Síntese de DNA, após o período S cada cromossomo terá duas moléculas de DNA. Haverá 46 cromossomos e 96 moléculas de DNA.

G2 - Ultimo momento da intérfase antes da mitose, haverá novamente uma revisão analisando fatores intracelulares como: se o DNA foi realmente todo duplicado, se a célula continua recebendo sinais extracelulares, se algo estiver errado ela poderá entrar em processo de apoptose¹ (morte celular) no caso de uma célula saudável ou se tudo estiver certo prosseguirá para a mitose.


O gráfico abaixo mostra a variação da quantidade de DNA no ciclo celular.

Ciclo da mitose


Fase intérfase da mitose
Grau de variação da quantidade de DNA no ciclo mitótico 
         











Embora a mitose seja contínua, ela costuma ser dividida em quatro fases para efeito de estudo: prófase, metáfase, anáfase e telófase.

Prófase é a etapa preparatória da célula para início da divisão, ocorrendo eventos correlacionados ao período de interfase, essenciais para o ciclo celular:

- Princípio da condensação (espiralização / compactação) dos cromossomos duplicados na interfase;
- Desaparecimento do nucléolo em conseqüência da paralisação do mecanismo de síntese.
- Duplicação do centríolo e migração desses para os pólos opostos da célula, formando microtúbulos, as fibras do fuso e do áster, ambas constituídas de tubulinas alfa e beta. As do fuso unir-se-ão ao cinetócoro, região do centrômero (ponto de intersecção entre os braços cromossômicos), e as do áster dando suporte (fixação) juntamente à face interna da membrana plasmática.


Metáfase Fase de máxima condensação dos cromossomos, nela ocorre a fragmentação da carioteca (membrana nuclear), havendo:
- Deslocamento e disposição linear dos cromossomos na placa equatorial (metafásica) da célula.
- ligação dos centrômeros às fibras do fuso.

Anáfase Fase da divisão onde ocorre a separação dos cromossomos duplicados, migrando cada cromátide irmã em direção aos pólos opostos, em razão do encurtamento dos microtúbulos.

Telófase Última etapa da divisão mitótica, caracterizada pelo agrupamento e descompactação dos cromossomos (genoma) em extremidades opostas, recomposição da carioteca e nucléolo, finalizando o processo com a citocinese (individualização do citoplasma em duas células-filhas).


No fim do processo mitótico veremos duas células-filhas idênticas (munidas do mesmo material genético) originadas de uma célula mãe.





Comparação entre os processo de divisão celular

Mitose
Meiose
- Resulta em duas células geneticamente iguais- Resulta em quatro células geneticamente diferentes
- Não há redução do número de cromossomos- Há redução do número de cromossomos
- Não há permuta gênica entre cromossomos homólogos- Normalmente ocorre permuta gênica entre os cromossomos homólogos
- Ocorre em células somáticas- Ocorre em células germinativas
- A duplicação do DNA antecede apenas uma divisão celular- A duplicação do DNA antecede duas divisões celulares
- Uma célula produzida por mitose, em geral, pode sofrer nova mitose- Uma célula produzida por meiose não pode sofrer meiose
- É importante na reprodução assexuada de organismos unicelulares e na regeneração das células somáticas dos multicelulares- É um processo demorado (podendo, em certos casos, levar anos para se completar)




É fundamental saber comparar a mitose e a meiose. Algumas doenças resultam de alterações nesses tipos básicos de divisão celular. A síndrome de Down, por exemplo, é provocada por erros na divisão celular que podem ocorrer durante a formação dos gametas ou na divisão do zigoto.
A mitose ocorre em todas as células somáticas do corpo e, por meio dela, uma célula se divide em duas, geneticamente idênticas à célula inicial. Assim, é importante na regeneração dos tecidos e no crescimento dos organismos multicelulares. Nos unicelulares, permite a reprodução assexuada.    Já a meiose só ocorre em células germinativas, com duas divisões sucessivas. A célula-mãe se divide em duas, que se dividem de novo, originando quatro células filhas com metade dos cromossomos da célula inicial: são os gametas, geneticamente diferentes entre si.
Dessa forma, a meiose tem papel fundamental na reprodução sexuada. E não se esqueça: durante a meiose normalmente há troca de genes entre cromossomos homólogos, o que aumenta a variabilidade gênita da espécie. Vale ainda lembrar que a mitose e a meiose apresentam quatro fases características: prófase, metáfase, anáfase e telófase, com formação de fuso proteico e condensação dos cromossomos. Nos dois casos, a duplicação do DNA antecede as divisões celulares.

¹- Apoptose, conhecida como "morte celular programada" é um tipo de "auto-destruição celular" que ocorre de forma ordenada e demanda energia para a sua execução. Está relacionada com a manutenção da homeostase e com a regulação fisiológica do tamanho dos tecidos, mas pode também ser causada por um estímulo patológico (como uma mutação no DNA celular).


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Meiose

Introdução

        Como você já sabe nem todos os seres vivos se reproduzem por meio do sexo. Na verdade, a reprodução sexuada é mais custosa e até muitas vezes arriscada. Quantos machos não colocam sua vida em risco “apenas” para conseguir uma fêmea?
        Mas, se a reprodução sexuada oferece estas desvantagens porque tantas espécies a utilizam como forma de reprodução?
        A explicação mais completa nós veremos em outro momento. Por hora, perceba apenas que ela permite que haja uma nova combinação de alelos, formando indivíduos únicos. Parte dos genes que você carrega vieram de seu pai e outra parte de sua mãe. Dada a imensa variedade de alelos existentes na espécie humana (este raciocínio é válido também para outras espécies) é praticamente impossível que mais alguém no planeta, a menos que você tenha um irmão gêmeo univitelino, carregue o mesmo pool de genes que você. Tendo uma combinação nova de genes talvez você resista a parasitas ou condições ambientais que nem mesmo o organismo de seus pais aguentariam.
        Se você estiver atento já deve ter percebido que nem o macho nem a fêmea podem mandar todos os seus genes para o filho. Se fosse assim a cada geração dobraria o número de cromossomos dos indíviduos de uma espécie. No caso do ser humano o pai mandaria 46 a mãe mais 46 e nasceria uma criança com 92 cromossomos. Como você sabe isto é impossível.
        Por isso o mecanismo de produção de gametas, células especializadas para a reprodução sexuada, tem que ser diferente da mitose. Enquanto que a mitose produz células-filhas com o mesmo número de cromossomos da célula-mãe, a meiose (tipo de divisão celular que produz gametas nos animais) tem que produzir células com a metade dos cromossomos. O número de cromossomos da espécie é restaurado com a união do gameta masculino com o feminino.

                Fases da Meiose

        Como já foi dito a meiose produz células com a metade do número de cromossomos da célula-mãe. Mas tem um detalhe. Na meiose, assim como na mitose, durante a intérfase ocorre a duplicação do material genético. Logo, se o DNA foi duplicado, para reduzir o número de cromossomos a metade nas células-filhas é preciso que haja duas divisões celulares. Por isso a meiose produz quatro células filhas, todas haplóides.
A seqüência de eventos que levam a primeira divisão da meiose é chamada de meiose I ou reducional.
A segunda seqüência é dita meiose II ou equacional.

Meiose I ou Reducional

        A meiose I é tembém chamada de reducional porque ao final dela são produzidas duas células com a metade do número de cromossomos da célula-mãe. Ou seja, já no final da meiose I as células serão haplóides.
Acompanhe abaixo as etapas da meiose I.

Prófase I

Por ser uma fase muito longa e com muitos detalhes a prófase I está dividida em 5 subfases. Vamos a elas.
  • Leptóteno: É nesta subfase que os cromossomos começam a se condensar.


  •  Zigóteno: Os cromossomos homólogos se juntam formando pares, processo conhecido como sinapse cromossômica. O que mantém juntos os cromossomos homólogos é uma substância protéica que funciona como se fosse uma cola. O nome dessa estrutura é c o m p l e x o sinaptonêmico.


  • Paquíteno: No paquíteno o complexo sinaptonêmico já está formado. Com isso os pares de homólogos tornam-se nitidamente unidos. Estes pares formam o que chamamos de bivalente. Como cada bivalente possui quatro cromátides,  podemos também chamar estas estrutras de tétrades. É no paquíteno que ocorre a permutação ou crossing-over. Este processo consiste na troca de pedaços entre cromátides homólogas. 

  • Diplóteno: Torna-se visível o cruzamente em X das cromátides homólogas que realizaram o crossing-over. O nome dessa estrutura em X é quiasma. Por isso dizemos que no diplóteno ocorre a visualização dos quiasmas. Além disso o complexo sinaptonêmico é desfeito.
  • Diacinese: Na diacinese os cromossomos homólogos se afastam um pouco, ocorrendo a  terminalização dos quiasmas. Além disso o envoltório nuclear é desfeito.

 
Metáfase I

        Sem o envoltório nuclear os cromossomos se ligam ao fuso acromático, que foi montado durante a prófase I.
        O fuso, assim como na mitose, dispõe os cromossomos no meio da célula, formando a placa equatorial. Aqui existe uma diferença muito importante em relação a mitose. Na meiose I os cromossomos homólogos ficam um do lado do outro.

Anáfase I

        Assim como na anáfase da mitose, os cromossomos serão puxados para os pólos da célula. Só que na meiose tem uma diferença. Como os cromossomos homólogos foram colocados um ao lado do outro o fuso acromático não tem como se ligar aos dois lados de um mesmo cromossomo. Lembre-se de que na mitose como o fuso se ligava aos dois lados, um fuso puxava para a direita e o outro para esquerda provocando a quebra do centrômero e a separação das cromátides irmãs. Como na anáfase I da meiose o fuso liga-se a apenas um lado não ocorrerá a quebra do centrômero. Os cromossomos serão puxados inteiros, cada homólogo indo para o pólo diferente do seu par. O nome dessa separação dos cromossomos homólogos é disjunção ou segregação.

Telófase I

        Os cromossomos homólogos já estão separados nos pólos da célula e se descondesam parcialmente. O envoltório nuclear se refaz dos dois lados e ocorre a citocinese (divisão do citoplasma).

Balanço da meiose I

        Ao final da meiose I formam-se duas células com metade do número de cromossomos. Mas observe que cada cromossomo das duas células-filhas são duplos, porque não houve a separação das cromátides na anáfase I.
Além disso, essas duas células são haplóides porque elas não possuem pares de cromossomos homólogos. Os cromossomos foram segregados desde a anáfase I.
        Entre a meiose I e a meiose II ocorre um pequeno intervalo chamado de intercinese. Nesse intervalo não ocorre duplicação de DNA.



Meiose II ou Equacional


        Nessa fase acontecerá uma série de eventos com as duas células–filhas formadas pela meiose I que culminarão com a formação de quatro células. Essas quatro células terão o mesmo número de cromossomos que as duas células que lhes deram origem (por isso o termo equacional). Só que ao invés dos cromossomos serem duplicados eles serão simples.

Prófase II

        Os cromossomos voltam a se condensar, os centríolos dirigem-se para os pólos da célula, formando o fuso acromático e o envoltório nuclear se desfaz.

Metáfase II
        Os cromossomos ligados ao fuso são transportados ao equador (centro) da célula formando a placa equatorial. Observe que como não há mais homólogos nas células eles se dispõem um sobre o outro, como na mitose. Dessa forma, o fuso consegue ligar-se aos dois lados de cada cromossomo.
Anáfase II
        Devido a tração do fuso em sentidos diferentes ocorre a quebra do centrômero e as cromátides irmãs são separadas.

Telófase II
        O envoltório nuclear se refaz e o citoplasma se divide formando 4 células-filhas.

Balanço da Meiose II
        Formam-se 4 células haplóides. Seus cromossomos são simples devido a separação das cromátides na anáfase II.



A MEIOSE E A VARIABILIDADE GENÉTICA

        Por que um casal, com exceção dos gêmeos univitelinos, nunca produz dois filhos geneticamente
idênticos?
        A resposta a essa pergunta está na meiose.
        Durante a meiose ocorre dois rearranjos aleatórios de alelos que torna possível uma produção imensa de gametas diferentes.
        Um deles ocorre na anáfase I com a segregação cromossômica. Como você já sabe metade dos cromossomos que possuímos vieram de nosso pai e a outra metade de nossa mãe. Acontece que quando formamos gametas não enviamos os cromossomos tal qual recebemos. Ou seja, não é formado um espermatozóide com os cromossomos que eu recebi de meu pai e outro com os cromossomos que eu recebi de minha mãe.
        Esse processo na verdade é caótico. Ou seja, em um espermatozóide eu posso estar enviando o  cromossomo número 1 que recebi de meu pai mas o cromossomo 2 ser o que eu recebi de minha mãe e assim por diante (observe na figura abaixo que podem haver vários alinhamentos diferentes de cromossomos na meiose. Essa é a base cromossômica da segunda lei de Mendel – a lei da segregação independente dos fatores).
        Considerando todas as possibilidades de embaralhamento como a descrita acima para os nossos 46 cromossomos chegaremos a conclusão de que cada um de nós pode produzir 8.4 x 106 gametas diferentes! Mas ainda há outra possibilidade de produzir mais gametas diferentes. É o crossing-over. Na medida em que ocorre uma troca de pedaços de cromossomos homólogos surgem novas combinações de alelos.

Clique na imagem para ampliar:


             Macete para memorizar

Fases da Prófase I
Macete1: Linda Zebra PAstando Durante o DIA
Macete2: LEva ZIco PAra DIstante DIsso,

L= leptóteno; Z= zigóteno; P= paquíteno; D= diplóteno; D= diacinese.




Fonte: Prof. Dorival Filhograduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná e Mestre em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). http://www.profdorival.com.br/ 




BioAjuda
Referências Bibliográficas:

Meiose. ProfdorivalDisponível em: <http://www.profdorival.com.br/resources/Meiose.pdf>. Acesso em: 18 julho 2011. 
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